terça-feira, 30 de novembro de 2010

Sonho, princesas, mitologia

Ontem tive um sonho estranho,
Sonhei que a Cinderela realmente encontrou o príncipe, uma noite magnifica, terminada a meia noite, a hora maligna, sua fada madrinha era na verdade um demônio. O pacto era que esse demônio levaria a sua alma, na exata hora da meia noite. Cinderela não havia lido o término do contrato, quando soube, enfim, era tarde, tentando fazer de tudo para que essa “maldição” não se cumprisse, sua situação se definiu ainda pior, seu corpo morreu, vermes passaram a se banquetear de seus restos, enquanto sua alma, antes de ser levada pelo demônio, ficaria presa ao corpo, até que nada restasse.
A Fera amou a Bela, tal era a sua paixão e seu sentimento, que na noite que deveria ser de amor, matou aquela que tanto desejava com sua volúpia e seu descuido, o corpo de Bela nunca aguentaria a ferocidade daquele ser. Vendo-a em seus últimas respiradas e arquejos, Fera se pôs a sacudi-la, arranhando e atormentado mais ainda o corpo de Bela, agora já desfigurado. Ao amanhecer quando se transformou já não era um príncipe, mas sim um assassino.
Branca de Neve encontrou os anões, eles a alimentavam bem e davam tudo que ela necessitava, mas não eram meigos como a aparentavam, aquilo era apenas faxada, nutriam um sentimento canibal, animal da existência. Ataram a Branca de Neve na cama e aos poucos foram retirando partes de seu corpo, para em seguida comer, deixando por último o cérebro e seu coração, como um ritual ancestral em que se acreditava que nessas partes estava a essência do ser que já se fora.
Dafne, a ninfa, não foi transformada em louro, para depois servir de coroação, mas sim em uma mandrágora, para que ninguém pudesse chegar perto dela. Não poderia ser retirada, qualquer mortal que tentasse, sentiria seus tímpanos serem perfurados, quanto ao Deus Apolo, esse ficou louco, a planta carregava uma maldição, aquele que ousasse ingerir, ficaria alucinado. O amor de Apolo era tanto que ele não mediu as consequências, seu único objetivo era ter a Dafne de alguma forma. Quanto a ninfa, essa ficou para sempre na solidão em que ela mesma criou. Isolada de tudo e todos.

By Dafne Endres, a Isis Of Slang

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