segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Dançarina

E era uma daquelas tardes vazias de devaneios silenciosos. Pensamentos voavam na cabeça daquela que queria ser uma dançarina. A pergunta é: O porque ser dançarina. Nem ela mesmo sabia a resposta, o único fato era que dançar a fazia esquecer tudo. Na verdade, quase tudo. Enquanto agitava o corpo, a adrenalina vinha à tona. No ritmo escolhido pulava e se sacudia, feito serpente. Qual surreal, sensual e autêntica era sua dança, sua natureza estranha e agitada.
A atenção se voltava para ela, a pista era sua e de ninguém mais, aqueles momentos perdidos de entrega e descontração até o cansaço exagerado.
O final é uma trágica doença, pois tudo some, a adrenalina, emoção e a música, nunca era suficiente. Precisava de mais som, agito e irrealidade.
O cansaço ficava no corpo no final, na mente eram as martelações insandescidas da realidade e isso era o esgotamento sofrido, de tudo que a dança não trazia.
Restava a estranha ideia de ser uma dançarina....


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