terça-feira, 30 de novembro de 2010

Vozes

Essa noite, depois dos sonhos tumultuosos, ouvi vozes, vozes que gritavam, não se entendia nada. Uma se sobressaia, uma rouquidão cuspindo chiados inteligíveis. Outra que depois de um tempo fui capaz de notar era um esganiçado, como um último suspiro de alguém, mas que se repetia interminavelmente. Me debati, tentando apurar os ouvidos, não era capaz de perceber nada.
Após um longo tempo compreendi algumas coisas, a voz esganiçada só saia quando era eu que falava, a outra era a morte.
Depois apaguei na agitação costumeira.

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