quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Arquivo

Hoje, não consigo escrever uma linha, releio os arquivos do computador, na procura incessante que no momento tirará as teias de aranha que aqui estão se acumulando.... Um conto, palavras a mais escolhidas em um momento passado, monótono vazio que se esvai.
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Lá fora é visível a noite q se adentra, pela janela escancarada se vê a agitação da cortina em seu balanço pelo vento monótono e irreal de um pleno verão, o sono faz-se distante, já que constantemente embrenho-me na madrugada, enquanto isso o juízo supérfluo vem á tona, trazendo em sua essência sua tenebrosidade , algo como a lembrança antiga de uma imagem capaz de lhe dar um tremor por todo corpo fazendo-o arrepiar, um aguço de sentidos, tanto ao ouvidos, já que o leve estalido lhe assombra profundamente, seus olhos ficam atentos a qualquer vislumbre e o que acontece com sua fala? Hamm, espero que não queira saber, há de ficar tão petrificado que não conseguirá lançar qualquer espécie de ruído, seu corpo não obedecerá suas tentativas de movimentos vãos. Pode ser que caíra no chão estatelado ou ainda ficar em pé como algum paralítico, quando todos esses sintomas passarem, não terá consciência absoluta do acontecido, sua mente lhe mandará informações de que está enlouquecendo, perdendo a razão, será totalmente insólito explanar com qualquer ser, a todo custo tentará esquecer tal experiência, mas sabe que é uma ilusão a cada noite voltará todo aquele sentimento ojeriza. A aversão lhe causará belas covas aos olhos, seu corpo ficará mais fraco, com o agravamento disso pode ser que ainda tenha esquizofrenia, por fim realmente irá endoidecer, irá trair-se a si mesmo. Rabiscos e palavras em um papel qualquer serão seus aliados, confidentes, gravando neles as suas visões grotescas de uma exacerbação duradoura. Fechar-se-á em si próprio, um alívio será seu velho copázio com o melhor vinho existente, sua única vaidade em meio ao assombro tumulares, será essa substância tão atrativa que talvez lhe de um pouco de conforto em uma intensa ou leve embriaguez.
Escrito em meados de 2007

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Começo...

Criei uma nova personagem, ela não tem rosto, somente um título acadêmico e um nome inventado, ela ganha força pelas palavras que produz, pq ela já não tem a referência que ganha o ser humano quando é visto cara cara. Porque as pessoas já não sabem o que faz e pelo que passou, é uma desconhecida, conhecida somente pelas palavras escritas num computador e mandadas por e-mail, nada da vida pessoal é comentada, somente o que lê e observa.
Quando se ganha uma referência por algo que se fez, aquela será mais forte para determinadas pessoas, por exemplo, se sua profissão é trabalhar na frente de um computador, vão lhe conhecer por ali, e o q mais vir pode se tornar um mero acaso, ou não visto.
As palavras as vezes não possuem idade, somente o significado que fica martelando na cabeça sempre, mas quando se conhece o ser por detrás das palavras, certas ocasiões é como um soco na cara, pois a imagem antes era idealizada como se fosse um ser mitológico inexistente, e que por fim acaba se dando conta que era apenas um ser humano.