sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Biblioteca


"Gostaria de saber o que se passa dentro de um
livro quando ele está fechado. É claro que lá dentro só há letras impressas
em papel, mas, apesar disso, deve acontecer alguma coisa, porque quando o
abro, existe ali uma história completa. Lá dentro há pessoas que ainda não
conheço, e toda a espécie de aventuras, feitos e combates — e muitas vezes
há tempestades no mar, ou alguém vai a países e cidades exóticos. Tudo isso,
de algum modo, está dentro do livro. É preciso lê-lo para o saber, é claro.
Mas antes disso, já está lá dentro. Gostaria de saber como. . ."

Trecho do livro: "História sem fim" de Michael Ende

Quando o livro está fechado fico a imaginar a mesma coisa que o personagem central do "História sem fim". Parece um mistério a ser descoberto. Há personagens de todos os tipos, alguns, a identificação é tão grande que me coloco a ler de novo, só para ficar imaginando novamente as cenas, outros personagens nos trazem a raiva, o sentimento da ira e da revolta, mas por trás de tudo isso, uma nova forma de pensar e descobrir o que já aconteceu/está acontecendo ou acontecerá.
Geito prático de não ficarmos apenas na tv que tende a distorcer em vários casos o que pelos livros já passou, fazendo de sua verdade a única. Ao menos tenho a chance de escolher o que quero ler enquanto a televisão passa o que ela quer.

Nas noites tomadas pela insônia é o livro que me apresenta um outro mundo no silêncio enquanto muitos dormem esquecidos...

Foto: Biblioteca Geral University of Coimbra, Coimbra, Portugal

Mudança


Troco tudo de lugar, arrumo prateleiras, gavetas, armários como se pudesse de forma metódica organizar a vida, colocando tudo em seus lugares, da forma que deve ser.
O que não quero, cuspo no chão com ira crescente e desgastante, quebro, rasgo, piso, amasso o que for que não satisfaz e me deixa mal, a podridão num ser perdido em meio a tempestades guardadas..
Arrasto os móveis, colocando-os de forma diferente com a ilusão de querer olhar as coisas sob outros ângulos, deixando desta forma as cicatrizes no piso já gasto pelos meus tormentos...