segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Características

Tarde cinzenta e nublada.
O que escrever? A ideia não vem, mas a teimosa agonia tem de escrever, algo, qualquer coisa. Então nesse “sem ideia” surge uma linha, qual será a próxima?
Olho de um lado para o outro na procura de algo a mais, algo que esqueci de mencionar, talvez tirar uma réstia do pensamento da rotina, de como estou agora, isso não é suficiente para mim, é clichê esses assuntos, ainda mais quando ninguém me pede nada.
Tenho uma procura por palavras e um rosto do devaneio, que rosto? Não sei, ele está sem forma, mas é algo que eu possa escrever, uma característica precisa de um sentimento confuso. Sim, isso tá parecendo contraditório. Ela é uma figura que estou tentando criar, parece-me mais criativo do que falar de mim mesma.
Deixarei o fisico de lado, ela é impulsiva, ativa, exigente no que faz, ama a arte, pinceladas em um painel são seus dons, não importa de qual forma é jogada a tinta, logo ela consegue o que quer, mesmo quando não tem a ideia definida, porque assim como eu estou fazendo (escrevendo), ela vai pintando, criando, o fim, é apenas o fim... Fazendo o começo vai se constituindo uma história, um esboço.
Autenticidade é o que a define e o que preza.
Fala o que tem que ser dito, o resto é silêncio, prefere ficar calada e ouvir as conversas aos seu redor, ri e se descontrai com isso.
Ouve música clássica ao acordar e ao dormir, pois em uma música não acha necessidades de vozes e sim o som limpo, ideia essa que a inspira. Durante o dia, a música clássica é substituída pelo vento, e o barulho do mar. Procura os lugares em que tenha isso, a paz que necessita.
Gosta mais de ler do que ver filmes ou mesmo a televisão.
E ainda não tem um rosto definido, posso falar de tudo que faz ou deixa de fazer, mas o físico deixo para cada um que ler, a imaginação.

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